RESUMO
Foi avaliado o contorno palatal de modelos de gesso de 33 indivíduos com maloclusão de Classe II, 1ª Divisão, em crescimento, tratados ortodonticamente sem extrações dentais nas fases inicial (T1), final de tratamento (T2) e, no mínimo 5 anos pós-contenção (T3), por meio de pantógrafo digital. Quatro variáveis foram testadas: Amplitude palatal, Largura de base, Altura palatal e Angulação alveolar. Os resultados demonstraram que entre T1 e T2 houve alteração da configuração palatal, com aumento das medidas no plano transverso e em altura e diminuição da angulação dos processos alveolares, nas regiões de pré-molar e molar e estabilidade na região de canino. Em longo prazo, as alterações foram mais expressivas na região de canino e houve estabilidade nas regiões de pré-molar e molar, à exceção da diminuição da Amplitude palatal neste período. O estudo mostrou ausência de correlação entre a magnitude das alterações ocorridas em longo prazo com as modificações durante o tratamento ortodôntico. A forma do palato tendeu de triangular à quadrada durante o período observado, sendo que, para a correção da Classe II, o restabelecimento transversal do arco durante a fase ativa de tratamento mostrou-se benéfico se associado ao controle vertical e estímulo ao aumento em largura da base do palato. O crescimento favorável é fundamental, não somente para a resolução da discrepância sagital entre maxila e mandíbula, mas na harmonização entre as dimensões transversa e de altura da maxila.